Forte de São Miguel
Infelizmente, não visitamos o Forte São Miguel, que fica bem pertinho da cidade de Chuy (lado uruguaio), porque o mesmo estava interditado. De qualquer forma, pesquisamos sobre este importante monumento histórico.
O Forte São Miguel localiza-se a
cerca de 6 quilômetros a sul da Lagoa Mirim, próximo a Chuy, no Departamento de
Rocha, no Uruguai.
Este forte foi erguido com a função de
vigiar a antiga linha raiana denominada como Linha de Castillos Grande (Tratado
de Madrid, 1750).
A estrutura remonta a uma simples
fortificação de campanha, erguida em 1734 por forças espanholas sob o comando
do Alferes Esteban del Castillo, com a função de dissuadir a presença
portuguesa na região. Esta primitiva estrutura empregava tepes - pedaços de
terra cobertos de grama ou ervas, endurecidos pela grande quantidade de
enraizamentos. Com o estabelecimento do cerco espanhol à Colônia do Sacramento
(1737), esta fortificação de campanha foi abandonada.
A atual estrutura remonta a um segundo
estabelecimento no local, por forças portuguesas, atribuindo-se a sua
reconstrução ao Engenheiro Militar, Brigadeiro José da Silva Paes, com a função
de posto avançado para monitorar as atividades espanholas na região.
O Artigo XVIII do Tratado de Madrid
(1750), dispunha que Portugal conservava a linha do monte de Castillos Grande,
com a sua falda meridional e o poderá fortificar mantendo ali uma guarda. Ante
assinatura do Tratado de El Pardo (1761), que, na prática, anulava o de Madrid,
o governador e Capitão-general da capitania do Rio de Janeiro, Gomes Freire de
Andrade (1733-1763), antecipou as consequências do mesmo para a região Sul, que
conhecia bem. Ordenou assim ao governador da Colônia do Rio Grande de São
Pedro, Coronel Elói Madureira, o envio imediato de tropas de Laguna para a
região, determinando o mesmo ao Tenente-coronel Tomás Luís Osório, comandante
das tropas de Cavalaria do Regimento dos Dragões, e do Forte Jesus, Maria, José
do Rio Pardo.
Reunindo pouco mais de mil homens, a
estratégia portuguesa era a de construir rapidamente uma linha defensiva
fortificada, ao Sul do Forte de São Miguelno arroio Chuí, para deter a invasão
espanhola em progresso, após a conquista da Colônia do Sacramento (Outubro de
1762) pelo governador de Buenos Aires, D. Pedro de Ceballos, à frente de cerca
de três mil homens reunidos em Maldonado. Dada a premência de tempo, apenas foi
iniciado o Forte de Santa Teresa (Dezembro de 1762), uma fortificação de
campanha guarnecida por cerca de quatrocentos homens e artilhada com algumas
peças de pequeno calibre, fechando o caminho terrestre na altura do monte de
Castillos Grande, conquistado por Zeballos em Abril de 1763.
Não foi possível ter acesso a este forte
pois estavam reformando-o e também pelo mal tempo. Fomos até a sua frente e
vimos a entrada e por causa da chuva, não conseguimos enxergar a Fortaleza.
Fortaleza de Santa
Tereza
A Fortaleza de Santa Tereza localiza-se na
atual cidade de Castillos, Departamento de Rocha, no Uruguai. Diante celebração
do Tratado de El Pardo (1761), que, na prática, anulava o de Madrid (1750), o
governador e capitão-general da Capitania do Rio de Janeiro, Gomes Freire de
Andrade (1733-1763), antecipou as conseqüências do mesmo para a região Sul, que
conhecia bem. Ordenou assim ao governador da Colônia do Rio Grande de São
Pedro, Coronel Elói Madureira, o envio imediato de tropas de Laguna para a
Linha de Castillos Grande, determinando o mesmo ao Tenente-coronel Tomás Luís
Osório, comandante das tropas de Cavalaria do Regimento dos Dragões, e do Forte
Jesus, Maria, José do Rio Pardo.

Interior da Fortaleza de Santa Tereza
Reunindo pouco mais de mil homens, a
estratégia portuguesa era a de construir rapidamente uma linha defensiva
fortificada, ao Sul do Forte de São Miguel no arroio Chuí, para deter a invasão
espanhola em progresso, após a conquista da Colônia do Sacramento(Outubro de
1762) pelo governador da Província de Buenos Aires, D. Pedro de Cevallos, à
frente de cerca de três mil homens reunidos em Maldonado.
Osório fez iniciar às pressas uma
fortificação de campanha (Dezembro de 1762), guarnecendo-a com cerca de
quatrocentos homens e artilhando-a com algumas peças de pequeno calibre. O
lugar escolhido foi o desfiladeiro de Angostura perto do monte de Castillos
Grande, fechando o caminho terrestre junto ao litoral, de quem vinha da Colônia
do Sacramento para a vila do Rio Grande.

Vista Externa das Paredes da Fortaleza
Zeballos tomou o Forte de Santa Teresa
ainda em construção (Abril de 1763), aprisionando o Tenente-Coronel Osório, com
pouco mais de cem homens da guarnição, conduzidos para Maldonado. Prosseguindo
a marcha para São Pedro do Rio Grande, no mesmo mês tomou o Forte de São
Miguel, vizinho ao Arroio Chuí.
Fizemos uma breve visita, onde entramos e
pudemos ver a Cambria (permitia levantar bolas de canhão em guerras); a
Sacristia, a capela, a casa de pólvoras, enfermaria e a cozinha. A construção
do forte foi motivada pela guerra entre Portugal e Espanha. Na casa de
pólvoras, era preciso manter uma temperatura média para que elas não
explodissem.
Líquens nas Paredes dos
Fortes
Os
líquens são organismos formados por uma simbiose entre um fungo e uma alga ou
uma cianobactéria.
As
paredes dos fortes, por serem em pedras nuas e ficarem em um ambiente de ar
limpo e livre de poluição, são plataformas para o desenvolvimento de líquens.
Realmente, em muitos lugares, as paredes da Fortaleza de Santa Tereza são
cobertas de líquens.
Forte de São Miguel
O Forte São Miguel localiza-se a cerca de 6 quilômetros a sul da Lagoa Mirim, próximo a Chuy, no Departamento de Rocha, no Uruguai.
Fortaleza de Santa
Tereza
| Interior da Fortaleza de Santa Tereza |
| Vista Externa das Paredes da Fortaleza |
Líquens nas Paredes dos
Fortes
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