quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Forte de São Miguel e Fortaleza de Santa Tereza

Forte de São Miguel

Infelizmente, não visitamos o Forte São Miguel, que fica bem pertinho da cidade de Chuy (lado uruguaio), porque o mesmo estava interditado. De qualquer forma, pesquisamos sobre este importante monumento histórico.

O Forte São Miguel localiza-se a cerca de 6 quilômetros a sul da Lagoa Mirim, próximo a Chuy, no Departamento de Rocha, no Uruguai. 

Este forte foi erguido com a função de vigiar a antiga linha raiana denominada como Linha de Castillos Grande (Tratado de Madrid, 1750).

A estrutura remonta a uma simples fortificação de campanha, erguida em 1734 por forças espanholas sob o comando do Alferes Esteban del Castillo, com a função de dissuadir a presença portuguesa na região. Esta primitiva estrutura empregava tepes - pedaços de terra cobertos de grama ou ervas, endurecidos pela grande quantidade de enraizamentos. Com o estabelecimento do cerco espanhol à Colônia do Sacramento (1737), esta fortificação de campanha foi abandonada.

A atual estrutura remonta a um segundo estabelecimento no local, por forças portuguesas, atribuindo-se a sua reconstrução ao Engenheiro Militar, Brigadeiro José da Silva Paes, com a função de posto avançado para monitorar as atividades espanholas na região. 

O Artigo XVIII do Tratado de Madrid (1750), dispunha que Portugal conservava a linha do monte de Castillos Grande, com a sua falda meridional e o poderá fortificar mantendo ali uma guarda. Ante assinatura do Tratado de El Pardo (1761), que, na prática, anulava o de Madrid, o governador e Capitão-general da capitania do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade (1733-1763), antecipou as consequências do mesmo para a região Sul, que conhecia bem. Ordenou assim ao governador da Colônia do Rio Grande de São Pedro, Coronel Elói Madureira, o envio imediato de tropas de Laguna para a região, determinando o mesmo ao Tenente-coronel Tomás Luís Osório, comandante das tropas de Cavalaria do Regimento dos Dragões, e do Forte Jesus, Maria, José do Rio Pardo.

Reunindo pouco mais de mil homens, a estratégia portuguesa era a de construir rapidamente uma linha defensiva fortificada, ao Sul do Forte de São Miguelno arroio Chuí, para deter a invasão espanhola em progresso, após a conquista da Colônia do Sacramento (Outubro de 1762) pelo governador de Buenos Aires, D. Pedro de Ceballos, à frente de cerca de três mil homens reunidos em Maldonado. Dada a premência de tempo, apenas foi iniciado o Forte de Santa Teresa (Dezembro de 1762), uma fortificação de campanha guarnecida por cerca de quatrocentos homens e artilhada com algumas peças de pequeno calibre, fechando o caminho terrestre na altura do monte de Castillos Grande, conquistado por Zeballos em Abril de 1763. 

Não foi possível ter acesso a este forte pois estavam reformando-o e também pelo mal tempo. Fomos até a sua frente e vimos a entrada e por causa da chuva, não conseguimos enxergar a Fortaleza.

Fortaleza de Santa Tereza

A Fortaleza de Santa Tereza localiza-se na atual cidade de Castillos, Departamento de Rocha, no Uruguai. Diante celebração do Tratado de El Pardo (1761), que, na prática, anulava o de Madrid (1750), o governador e capitão-general da Capitania do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade (1733-1763), antecipou as conseqüências do mesmo para a região Sul, que conhecia bem. Ordenou assim ao governador da Colônia do Rio Grande de São Pedro, Coronel Elói Madureira, o envio imediato de tropas de Laguna para a Linha de Castillos Grande, determinando o mesmo ao Tenente-coronel Tomás Luís Osório, comandante das tropas de Cavalaria do Regimento dos Dragões, e do Forte Jesus, Maria, José do Rio Pardo.


Interior da Fortaleza de Santa Tereza
Reunindo pouco mais de mil homens, a estratégia portuguesa era a de construir rapidamente uma linha defensiva fortificada, ao Sul do Forte de São Miguel no arroio Chuí, para deter a invasão espanhola em progresso, após a conquista da Colônia do Sacramento(Outubro de 1762) pelo governador da Província de Buenos Aires, D. Pedro de Cevallos, à frente de cerca de três mil homens reunidos em Maldonado.

Osório fez iniciar às pressas uma fortificação de campanha (Dezembro de 1762), guarnecendo-a com cerca de quatrocentos homens e artilhando-a com algumas peças de pequeno calibre. O lugar escolhido foi o desfiladeiro de Angostura perto do monte de Castillos Grande, fechando o caminho terrestre junto ao litoral, de quem vinha da Colônia do Sacramento para a vila do Rio Grande.


Vista Externa das Paredes da Fortaleza

Zeballos tomou o Forte de Santa Teresa ainda em construção (Abril de 1763), aprisionando o Tenente-Coronel Osório, com pouco mais de cem homens da guarnição, conduzidos para Maldonado. Prosseguindo a marcha para São Pedro do Rio Grande, no mesmo mês tomou o Forte de São Miguel, vizinho ao Arroio Chuí.

Fizemos uma breve visita, onde entramos e pudemos ver a Cambria (permitia levantar bolas de canhão em guerras); a Sacristia, a capela, a casa de pólvoras, enfermaria e a cozinha. A construção do forte foi motivada pela guerra entre Portugal e Espanha. Na casa de pólvoras, era preciso manter uma temperatura média para que elas não explodissem. 

Líquens nas Paredes dos Fortes

Os líquens são organismos formados por uma simbiose entre um fungo e uma alga ou uma cianobactéria.
As paredes dos fortes, por serem em pedras nuas e ficarem em um ambiente de ar limpo e livre de poluição, são plataformas para o desenvolvimento de líquens. Realmente, em muitos lugares, as paredes da Fortaleza de Santa Tereza são cobertas de líquens.

Detalhe da simbiose entre alga e fungo
Exterior da Fortaleza de Santa Tereza - As pedras no gramado são coberta de líquens





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